Presidente fica em SP pelo menos até quinta-feira, quando passará por uma tomografia de controle para reavaliação. Chico Buarque e Lula.
Ricardo Stuckert
O cantor Chico Buarque visitou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua casa no Alto de Pinheiros, em São Paulo, na tarde desta terça-feira (17). Ele estava acompanhando da esposa, a jurista Carol Proner.
Lula agradeceu a visita me uma publicação em uma rede social.
"Nada melhor que receber amigos em casa. Hoje, eu e Janjinha tivemos uma visita muito especial. Recebemos Chico Buarque e Carol Proner, em São Paulo. É sempre uma alegria poder ter vocês por perto. Um samba pra alegrar o dia".
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O petista, que tem 79 anos, estava internado desde segunda (9) no Hospital Sírio Libanês em São Paulo, onde passou por uma cirurgia às pressas para drenar um hematoma na cabeça - ainda em decorrência da queda que sofreu no banheiro de casa em outubro.
Ele deixou o hospital Sírio Libanês, domingo (15), por volta do meio-dia e disse que vai ficar em sua casa em São Paulo pelo menos até quinta-feira, quando passará por uma tomografia de controle para reavaliação.
"Devido ao quadro, devido à recuperação do nosso paciente, que foi extremamente acima do esperado, então, para a felicidade minha e de toda a nossa equipe, o presidente está de alta hospitalar e deve voltar para casa já já", afirmou a médica Ana Helena Germoglio ao anunciar a alta.
Cirurgia de emergência
Lula fala após coletiva dos médicos neste domingo (15/12)
Reprodução
O presidente foi internado às pressas no fim da noite de segunda no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.
Lula reconheceu que só foi ter ideia da gravidade da sua situação após a operação. "Só fui tomar ciência da gravidade do que aconteceu comigo depois da cirurgia na terça-feira", disse.
Ele relatou que achava que "estava totalmente curado e podia fazer tudo" após a queda. "Voltei a fazer esteira, voltei a fazer musculação e eu não estava totalmente preparado para fazer o exercício".
Na quinta (12), Lula passou ainda por um procedimento como parte do protocolo pós cirúrgico. A medida foi em caráter preventivo a fim de evitar um novo sangramento. Na sexta, ele deixou os cuidados de UTI e postou em uma rede social um vídeo caminhando pelo corredor do hospital.
Agora, com a alta hospitalar, Lula afirmou que está "tranquilo", se sente bem e que já retomará as suas atividades. "Posso trabalhar normalmente", disse.
O presidente garantiu que seguirá à risca as recomendações médicas de não poder fazer esforço físico por um tempo. "Eu não posso fazer esteira na velocidade de atleta porque não sou atleta", brincou.
O presidente ainda informou que não vai passar o Natal e Ano Novo na praia, como de costume. Disse que ficará em casa, mas não informou se será em Brasília ou São Paulo.
A queda no banheiro e os dias antes da emergência
Com cicatriz na cabeça após sofrer um acidente doméstico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, no dia 25 de outubro de 2024
Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Lula disse que, no momento da queda no banheiro, ele estava cortando a unha da mão e não a do pé, como chegou a circular nas redes sociais.
"Eu estava sentado. Eu já tinha cortado a unha, lixado. Quando eu fui guardar o estojo, ao invés de levantar e abrir a gaveta, eu tentei afastar o meu bumbum do banco. O banco era redondo e acabou que meu bumbum não levantou e eu caí e bati com a minha cabeça na hidromassagem e fez um estrago razoável", contou.
Ao relembrar os dias anteriores à cirurgia de emergência nesta semana, Lula disse que passou bem o sábado (7) e começou a sentir no domingo uma leve dor de cabeça. No entanto, achava que era em razão do sol que tinha pegado ao tomar banho de piscina no fim de semana. Na segunda, ele acordou com alguns sintomas.
"Eu acordei sentindo algumas coisas estranhas, algumas coisas estranhas nos meus passos, a dor de cabeça continuou e eu ainda continuei achando que era por causa do sol. Quando foi no final da tarde, eu mandei chamar a Dra Ana [Helena Germoglio, chefe da equipe médica da Presidência da República] no meu gabinete e disse para ela que eu estava sentindo algumas coisas estranhas. Eu estava sentindo meus passos mais lerdos, eu estava com os olhos vermelhos. Eu estava com muito sono, toda hora eu abria a boca. E eu falei para ela: acho que é bom a gente ir ao médico", contou.